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quinta-feira, 15 de março de 2012

Memoria de Pirpirituba

                                                      FACULDADE /PROJEÇÃO
                                               
                                                               JOÃO PESSOA
                               MARCO HISTÓRICO NA CONSTRUÇÃO DA PARAÍBA




                                               

                                                                            


                                                
                                                                     


RESUMO

    A história do Brasil foi e é construída com a participação de importantes personagens e ainda pelos anônimos. Em se tratando da história da Paraíba, a participação de João Pessoa foi decisiva. Seu empenho em transformar o Estado, em fazê-lo progredir, tornar-se independente foi um marco na história de sua terra. Sua influência política ainda hoje é reconhecida pelos historiadores e toda a sociedade brasileira. Assim, o objetivo principal deste estudo é analisar a participação de João Pessoa na construção histórica, cultural, econômica e política da Paraíba. A metodologia de desenvolvimento do estudo prima pela pesquisa teórica, refletindo desde a origem da Paraíba até o contexto em que se delimitou a participação histórica de João Pessoa no desenvolvimento deste estado, mais especificamente de sua capital. Conclui-se a partir deste estudo que, mesmo tendo sido morto precocemente, João Pessoa levou importantes contribuições ao estado da Paraíba que o permitiram desenvolver-se econômica, cultural e socialmente. Ele foi um dos responsáveis por fazer visível a Paraíba para o resto do país.

Palavras-Chave: Paraíba; História Regional, João Pessoa (cidade); João Pessoa (político).



Introdução

    Ao longo da História da construção do Brasil, alguns personagens tiveram destaque fundamental, pois participaram ativamente dos acontecimentos que marcaram a história do povo brasileiro. De Pedro Álvares Cabral, passando por Marques de Pombal, Deodoro da Fonseca, João Pessoa, Juscelino Kubistchek entre muitos outros escreveram seu nome na imensidão histórico do Brasil. A compreensão desta temática pormenoriza situações diversas acerca da criação da Paraíba, sendo relevante citar que a influência de João Pessoa pode ser vista desde a economia, passando cultura e tomando como ponto principal a política deste Estado e de sua capital.
    As motivações para o estudo são diversas, desde a origem do pesquisador, até a influência deste estado na região nordeste do país. A busca por este conhecimento permite o entendimento de fragmentos importantes da constituição histórica do Brasil, pois cada um de seus contextos tem influência própria na atual estrutura do país.
    Partindo deste pressuposto, o objetivo primordial deste estudo é analisar a participação de João Pessoa na construção histórica, cultural, econômica e política da Paraíba. Os objetivos específicos são: Descrever a história da Paraíba e a participação de seus diversos administradores; identificar a participação de João Pessoa na estrutura constituinte do Estado da Paraíba e de sua capital; observar a vida pessoal, política e social de João Pessoa e sua influência histórica no Brasil.
    O estudo estrutura-se de pesquisa bibliográfica, enfocando autores diversos, bem como a literatura de Cordel que é marco na cultura nordestina e que, por meio de uma forma diferenciada de literatura conta fatos históricos deste povo. A partir da pesquisa bibliográfica foram delimitadas discussões que permitem o entendimento das questões propostas para este estudo.
    A importância do estudo encontra-se na observação criteriosa do contexto em que se formou a história da Paraíba, enfocando elementos culturais, sociais, políticos e econômicos e sua importância para a construção da história do Brasil. É um estudo que reveste-se do rigor metodológico, mas que não deixa de apresentar a afeição do pesquisador por esta terra que lhe deu origem.

Delimitando Conhecimentos Sobre Origem Da Paraíba E Seus Administradores

    A instituição do estado da Paraíba encontrou importantes elementos históricos e foi marcada pela chegada do jovem Rei D. Sebastião. De acordo com os estudos delimitados por Mello (1987) o ano de 1754 marcou o desmembramento da Capitania de Itamaracá, dando origem a Capitania Real da Paraíba a partir de Igarassu, no sentido norte, até a Baía da Traição. Esta era uma área habitada por índios potiguaras, sendo considerados índios guerreiros. Este fator foi o motivador de um atraso de 11 anos na conquista deste território. Foi somente a partir da 5ª expedição enviada pelo Rei e tendo os portugueses a ajuda dos índios tabajaras é que a coroa portuguesa conseguiu derrotar os potiguaras e expulsar os franceses que já colonizavam a região. No dia 05 de agosto de 1585 foi fundada a cidade Real, sendo chamada inicialmente de Nossa Senhora das Neves, que posteriormente deu origem a cidade João Pessoa.
    A então hoje capital da Paraíba, não teve em seu contexto histórico nenhuma outra denominação que não cidade, não sendo em nenhum momento vila, povoado ou aldeia, haja visto ter sido fundada como cidade Real, sendo hoje considerada uma das mais antigas do Brasil, sendo que somente é mais jovem que Salvador e o Rio de Janeiro.
    De acordo com Rodriguez (1982: 42), o marco inicial de fundação da cidade da Paraíba “foi escolhido a 18 Km acima da embocadura do Rio Paraíba, numa colina que domina todo atracadouro na margem direita do Rio Sanhauá, afluente do Paraíba.” A escolha deste local tinha alguns objetivos, pois visava inicialmente proteger os habitantes da nova cidade, bem como facilitar o apoio militar e de abastecimento da Capitania de Pernambuco. A construção da cidade considerou padrões das construções espanholas, pois até o momento da colonização estas terras estavam sob o domínio da União Ibérica, recebendo forte influência dos padrões das colônias espanholas.
   
    O uso da palavra “Real” aplicado à capitania e à cidade caracterizava o controle administrativo-militar e os  investimentos como responsabilidade direta da Coroa Portuguesa, ao contrário das demais capitanias onde os donatários bancavam e assumiam os riscos da empreitada. (MELLO, 1987: 51).

    Ainda de acordo com os estudos de Mello (1987), ao longo da história do seu desenvolvimento, a cidade de João Pessoa recebeu diversas denominações que foram elas: Filipéia de Nossa Senhora das Neves, em 1588, em homenagem ao rei Filipe II de Espanha; no período de ocupação holandesa, entre 1634 e 1654, passou a se chamar Frederikstad, sendo esta uma forma de homenagear o príncipe de Orange, Frederico Henrique. A partir da reconquista portuguesa, a cidade passou a ser denominada como Cidade da Parayba e, pela visita temporária de D. Pedro II em 1859, a cidade recebeu o título provisório de Imperial Cidade. Sua atual denominação só se deu a partir de 1930, quando um dos seus políticos mais influentes, João Pessoa, foi assassinado na cidade de Recife, sendo esta uma homenagem determinada pela Presidência da República.

É relevante citar ainda que:
   
    Em 1808, a cidade possuía 3.000 moradores, cinco ermidas, uma matriz, três conventos, uma Igreja misericórdia com seu hospital. Por sua vez, em 1859 já contava com cerca de 25 mil. Ate o inicio do século XIX, a cidade era habitada  praticamente por militares, administradores e religiosos. No entanto, com a ampliação do comercio em geral, João Pessoa, bem como todo litoral brasileiro, teve seu povoamento acelerado (MELLO, 1987: 57).

    Estudos delimitados por Aguiar (2005) destacam que mesmo com instalação da cidade de Parahyba não houve favorecimento para a demarcação urbana, pois o principal objetivo deste acontecimento era definir o Estado da Parahyba, tornando-o independente de Pernambuco. Foi a venda de terras promovidas pela Igreja Católica que permitiu que a Parahyba conseguisse ampliar suas fronteiras e constituir-se como estado brasileiro.
    Assim, esse movimento permitiu que aos poucos os moradores da região fossem adquirindo ou arrendando parcelas do solo, vendendo depois aos homens livres, aos pobres ou simplesmente aos de baixa renda, tendo início a constituição dos bairros da capital. Desta forma, a capital Parahyba foi se constituindo de maneira diferenciada, pois já tinha o título de cidade desde o seu início. Seu surgimento foi marcado pela tentativa de defesa do território nacional e busca de formas de ampliar os domínios da colônia portuguesa.

    A Rua Direita, atualmente denominada Rua Duque de Caxias, faz parte do grupo das primeiras ruas que originaram a Cidade Alta. Desde o ano de 1639 já existia edificações escassas ao longo do seu trajeto. A Rua Direita teve em sua origem, inicialmente, um caráter habitacional destinada a pessoas que pertenciam à classe alta e média da cidade. Ela está inserida no que podemos chamar de núcleo urbano propriamente dito; a Cidade Alta, onde se localizavam as habitações, atividades administrativas e eclesiásticas (AGUIAR, 2005: 101).

    Esta descrição feita por Aguiar demonstra a construção da cidade que deu origem a então hoje conhecida como João Pessoa. Todo o conjunto arquitetônico foi se instituindo a partir dos conceitos da época, sendo delimitado em função de diversos elementos que já constituíam a cidade como a Igreja de São Francisco/ Convento de Santo Antônio sendo este formado pelo Adro, Igreja, Convento e Cruzeiro, sendo considerado o maior monumento em estilo barroco da América Latina (Cf. RODRIGUEZ, 1992).
    De acordo com Nóbrega (1982) a cidade de João Pessoa se organizou e se modificou para manter o que é inerente à cidade, a proteção aos habitantes e permitiu a organização do espaço enquanto dinâmica cultural, político e social em todos os períodos históricos de alterações político-administrativas até a República.
    Os estudos de Rodrigues (1991) evidenciam que registros históricos destacam que a cidade inicialmente abrigava aproximadamente 1.500 habitantes e 18 engenhos de açúcar na época desta invasão. 

    A primeira capela da cidade foi erguida onde hoje se situa a catedral metropolitana. Datando do início da colonização, a mesma foi construída para o culto a Nossa Senhora das Neves, padroeira da cidade (NÓBREGA, 1982: 23).

    Assim, por meio desse estudo foi possível delimitar alguns conhecimentos acerca da cidade de João Pessoa, inicialmente Cidade da Parayba. São fatos históricos, culturais, econômicos e políticos que fazem com que haja compreensão dos elementos primordiais da história desta importante cidade do Nordeste brasileiro. Os fatores que marcaram sua história elencam uma grande participação da coroa portuguesa e, posteriormente de filhos ilustres como João Pessoa que deu origem a cidade.


                                     Imagem da cidade antiga da  PARAYBA                                                                 
                                                                    
    Historicamente, Mello (1987) destaca que até 1910, a lagoa do Parque Solon de Lucena impedia o crescimento da cidade em direção ao litoral. Em 1913, o então governador Saturnino de Brito, realizou o saneamento da bacia da lagoa, o que permitiu a expansão da cidade em direção ao leste e ao sul. A partir de então a cidade avançou rumo ao litoral e se expandiu de modo peculiar, fazendo com que hoje surgisse problemas em relação a urbanização entre outros. 

A vida de João Pessoa e sua administração

    De acordo com Aguiar (2005), João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque nasceu em Vila Umbuzeiro, antiga província da Paraíba, no dia 24 de janeiro de 1878, tornando-se foi um político brasileiro. Filho de Candido Clementino Cavalcanti de Albuquerque e de Maria Pessoa Cavalcanti de Albuquerque. Seus avós paternos eram o coronel Raimundo Primo Cavalcanti e Filismina Bezerra Cavalcanti e os maternos o coronel José da Silva Pessoa e Henriqueta de Lucena Pessoa.


                                                   João Pessoa Cavalcante de Albuquerque                     



Mello (1978) relata o seguinte:

    Seu pai, pequeno funcionário público, a braços com numerosa prole, vivia em difícil situação financeira. Sua árvore genealógica registrava, contudo, ilustres nomes que se destacaram na história nordestina. Descendia de Jerônimo de Albuquerque, o “Adão Pernambucano”. Antepassado mais próximo era o capitão de ordenanças João Baptista do Rego Cavalcanti de Albuquerque, que, por relevante participação na Revolução Pernambucana de 1817, andou longos anos preso. (1978: 7)

    Em sua relação familiar, pelo lado materno, era bisneto de Henrique Pereira de Lucena, um dos chefes da Revolução Praieira. Também era sobrinho do ex-presidente da República Epitácio Pessoa e sobrinho-neto do Barão de Lucena, presidente da província de Pernambuco durante o Império e ministro da Fazenda do governo de Deodoro da Fonseca.
    Como se observa, João Pessoa herdou de seus antepassados seu espírito de luta por seus ideais, bem como a força para buscar seus objetivos.
     De acordo com Aguiar (2005), aprendeu a escrever inicialmente como professor Salustiano Cavalcante em sua terra natal. Depois foi morar em Cabaceiras e Guarabira em casa de familiares para dar continuidade aos estudos. Freqüentou a escola municipal de Guarabira. Aos 11 anos, viajou ao Rio de  Janeiro, na época capital do Brasil, acompanhando seu tio materno Epitácio Pessoa. Os dois chegaram a cidade no dia 12 de novembro de 1889, três dias antes da Proclamação da República. Era um tempo de importantes mudanças. O fim da escravidão, no ano anterior, seria complementado pela queda da Monarquia.

Dando continuidade a sua trajetória histórica, podemos analisar o relato de Melo (2003: 32):

    Regressando a Paraíba, começou o curso de humanidades no Liceu. Após seu término, João Pessoa alistou-se em 19 de dezembro de 1894 no 27º Batalhão de Infantaria, aquartelado na Capital. No ano seguinte, ingressou na Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Tal atitude, tomou premido pela necessidade, e não por vocação à carreira das armas.

    Contudo, em 1897 foi desligado da Escola Militar, pois houve uma revolta de colegas e, mesmo não tendo participado deste movimento foi obrigado a deixar a Escola Militar.
    Aguiar (2005) relata ainda que em 1899, matriculou-se na Faculdade de Direito de Recife, por onde se formou em 1904. Em 1909, transferiu-se para o Rio de Janeiro, trabalhando como advogado no Ministério da Fazenda e na Marinha. Em julho de 1919, três meses após a posse de Epitácio Pessoa na Presidência, foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Militar (STM).
    Percebe-se assim que sua trajetória política sempre esteve aliada a sua trajetória na vida militar. São elementos que foram primordiais para o seu sucesso na empreitada política.
    Melo (1978) destaca que na década de 1920, atuou como juiz nos processos movidos contra os envolvidos nos levantes tenentistas então deflagrados, destacando-se sempre pelo rigor contra os acusados.

    Em 1928, elegeu-se presidente do Estado da Paraíba. Nesse cargo, promoveu uma reforma na estrutura político-administrativa do estado e, para enfrentar as dificuldades financeiras, instituiu a tributação sobre o comércio realizado entre o interior paraibano e o porto de Recife, até então livre de impostos. Essa medida contribuiu para o saneamento financeiro do estado, mas gerou grande descontentamento entre os fazendeiros do interior, como o coronel José Pereira Lima, chefe político do município de Princesa e com forte influência sobre a política estadual (AGUIAR, 2005: 47).

    Os relatos de Vidal (1978) destacam que já em 1929, João Pessoa negou-se a apoiar a candidatura situacionista de Júlio Prestes à Presidência da República e aceitou convite para ser o candidato a vice-presidente na chapa oposicionista da Aliança Liberal, articulada pelos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul e encabeçada pelo gaúcho Getúlio Vargas.

    Realizado o pleito, a chapa oposicionista foi derrotada e o coronel José Pereira, que apoiava Júlio Prestes, iniciou uma revolta em Princesa contra o governo estadual, sendo apoiado pelo governo federal. Ao mesmo tempo, ganhava força no interior da Aliança Liberal a proposta de deposição de Washington Luís através de um movimento armado. João Pessoa rejeitou essa solução. Sua preocupação concentrava-se, nesse momento, no combate à Revolta de Princesa. Nesse sentido, ordenou que a polícia paraibana invadisse escritórios e residências de pessoas suspeitas de receptar armamentos destinados aos rebeldes (VIDAL, 1978: 107).

    Numa dessas invasões – na residência de João Dantas, aliado de José Pereira –, foram encontradas cartas íntimas trocadas entre Dantas e sua amante. As cartas foram publicadas pela imprensa alinhada ao governo estadual, provocando grande escândalo na sociedade paraibana. Dias depois, em viagem a Recife, João Pessoa foi assassinado com dois tiros desferidos por João Dantas em uma confeitaria da capital pernambucana. O assassinato provocou forte comoção no País.
     Aguiar (2005) destaca que os líderes da Aliança Liberal trasladaram o corpo para o Rio de Janeiro, onde foi enterrado em meio a grande manifestação popular. Nas cidades por onde passou, o cortejo fúnebre foi alvo de manifestações semelhantes. Tal clima contribuiu para que os preparativos revolucionários se acelerassem, resultando na deposição de Washington Luís, em outubro, e na ascensão de Vargas ao poder, no mês seguinte. Em setembro de 1930, a capital paraibana, até então denominada cidade da Paraíba, foi rebatizada com seu nome.

A bandeira da Paraíba

    De acordo com Albuquerque (1979), a bandeira da Paraíba foi adotada pela Aliança Liberal em 25 de setembro de 1930, por meio da lei nº 704, no lugar de uma antiga bandeira do estado, que vigorou durante quinze anos (de 1907 a 1922). A bandeira foi idealizada nas cores vermelha e preta, sendo que o vermelho representa a cor da Aliança Liberal e o preto, o luto que se apossou da Paraíba com a morte de João Pessoa, presidente do estado em 1929 e vice-presidente do Brasil em 1930, ao lado do presidente Getúlio Vargas.

                                                         Bandeira da Paraíba             

    A palavra "NEGO" que figura na bandeira é a conjugação do verbo "negar" no presente do indicativo da primeira pessoa do singular, remetendo à não aceitação, por parte de João Pessoa, do sucessor indicado pelo então presidente do Brasil, Washington Luís. Posteriormente, em 26 de julho de 1965, a bandeira rubro-negra foi oficializada pelo governador do estado, Pedro Moreno Gondim, através do Decreto nº 3919, como "Bandeira do Négo" (à época ainda com acento agudo na letra "e").
    O preto ocupa um terço da bandeira; o vermelho, dois terços. Existe um pequeno movimento hoje em dia que tenta mudar a bandeira do estado assim como o nome da capital, pois foram alterados na época da morte do político João Pessoa, morte esta que causou grande comoção em todo o estado. Porém a grande maioria dos paraíbanos se mostram contrários a estas alterações.

Considerações Finais
   
    O desenvolvimento deste estudo teve como principal pressuposto analisar a participação de João Pessoa na construção histórica, cultural, econômica e política da Paraíba. Compreende-se que sua construção permeou desde a infância até a vida adulta política deste importante personagem da História do Brasil.
    No limiar do estudo refletiu-se a história da Paraíba, destacando que a instituição deste Estado se deu em 1754. Historicamente, o Estado representa a construção de uma nova visão do nordeste do Brasil, pois esta região, em boa parte dos estudos idealizados e realizados consta de uma desprestígio na sociedade brasileira. Assim, a participação de João Pessoa na história desse estado reverteu-se em uma maior visualidade deste pelo país.
    É importante ressaltar que a construção da cidade de João Pessoa está ligada a força política do político João Pessoa, que lutou para ter seu estado reconhecido no país. Assim, convém relacionar que esta figura política teve forte influência na construção de um Estado novo, moderno e sempre em busca do progresso.
    Ao se realizar uma releitura da vida de João Pessoa, observa-se que ele veio de família já conhecida na região, sendo seus avós considerados como coronéis na região, ou seja, ele já tinha uma trajetória política-militar na família. Sua história de vida o fez influente, pois teve a oportunidade de estudar fora e de atuar no campo militar no Brasil. Isso o fortaleceu para retornar a seu estado e buscar melhorias para o seu povo.
    Mesmo considerando que sua morte foi trágica e em situação que ainda não foi totalmente explicada, pois os fatos históricos dão conta de que ele foi morto por João Dantas, então adversário político, mas motivado por questões passionais. Sua principal influência na Paraíba foi não permitir que o estado ficasse a mercê das políticas partidárias do Brasil, sempre lutando para que dias melhores ocorressem.
    Historicamente João Pessoa é considerado como aquele que deu visibilidade a Paraíba no Brasil, sempre se mostrando solicito em resolver os problemas do estado, bem como buscar melhorias para seu povo. Cabe ressaltar ainda que a bandeira da Paraíba é uma idealização a partir da luta deste importante político.
    Diante disso, reconhece-se que os objetivos do estudo foram alcançados, pois promoveu-se uma importante reflexão acerca do contexto histórico em que se delimita a participação de João Pessoa na construção da história da Paraíba e de sua importância para o Brasil.

REFERÊNCIAS

AGUIAR, Wellington Hermes Vasconcelos. João Pessoa, o reformador. João Pessoa: Ideia, 2005.
ALBUQUERQUE, Epitácio Pessoal Cavalcanti. João Pessoa: o sentido de uma vida e de uma época. João Pessoa: Acauã, 1979.
ALMEIDA, J. A. de. Discursos do seu Tempo. João Pessoa. UPB, 1965.
MELO, Fernando. João Pessoa: uma biografia. João Pessoa: Ideia, 2003.
MELLO, Humberto. João Pessoa, perfil de um homem público. João Pessoa: A União Cia Editora, 1978.
MELLO, José Octávio de Arruda. (coord.) Capítulos de História da Paraíba. Campina Grande: GRAFSET, 1987.
PARAÍBA. Nomes do século. Série histórica. João Pessoa: A União Editora, 2005.
VIDAL, Ademar. João Pessoa e a revolução de 30.  Rio de Janeiro: GRAAL, 1978.